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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Johannes Brahms

Brahms recebeu a primeira instrução musical do seu pai, intérprete de violino, violoncelo e trompa. Aos seis anos, demonstrava um talento incomum, sendo encorajado a seguir a carreira musical e a apreciar a literatura inglesa e francesa e a literatura romântica alemã. Depois das aulas na escola, tinha lições de piano com Otto F. W. Cossel, que conseguiu fazê-lo se tornar aluno de Eduard Marxsen, o melhor professor da cidade.

Brahms, ainda adolescente, começou a tocar piano nos bares próximos ao porto e em bordéis para obter alguma renda. Quando tinha oportunidade, também não deixava de se apresentar para a alta sociedade. Em quatro anos, tornou-se um dos mais famosos músicos de Hamburgo.

Apresentava-se em concertos com algumas estrelas da música alemã, em especial um violinista chamado Joseph Joachim, intérprete de sucesso na época, que sugeriu a Brahms que deixasse Hamburgo para conhecer novos lugares. Sugestão aceita, a primeira cidade em que parou foi Weimar, onde Franz Lizst morava.

Apesar da boa recepção, logo os dois se decepcionaram mutuamente. Suas preferências musicais não combinavam. Conta-se que Liszt, quando conheceu Brahms, tocou para ele sua nova peça, a Sonata em Si Menor. Ao final da apresentação, porém, Liszt viu que seu visitante tinha adormecido na poltrona.

Brahms seguiu para Bonn, onde conheceu o casal Schumann, tornando-se hóspede e amigo da família, chegando a se apaixonar por Julie, uma das filhas do casal. Contudo, o mestre Robert Schumann logo deixou claro para Brahms que não tinha nada para lhe ensinar. Quando Robert morreu, em 1856, Brahms iniciou uma peregrinação por toda a Europa, apresentando-se em concertos e procurando um emprego fixo.

No ano seguinte, obteve o cargo de pianista e diretor de coro na corte de Detmold. Durante esse tempo não deixou de compor: esboçou uma sinfonia, criou várias peças menores e, em 1858, escreveu seu Primeiro Concerto para Piano, que estreou no ano seguinte, para uma fria audiência em Hanover.

Em 1863, transferiu-se para Viena e se instalou como intérprete e compositor livre, mas acabou aceitando, em 1864, o posto de Diretor da Singakademie de Viena. Tornou-se uma figura quase folclórica. Com seu corpo pesado e uma grande barba branca, misturava na aparência, como na música, a severidade clássica com fugazes momentos líricos.

Brahms cultivou, com exceção da ópera, todos os gêneros musicais. Na mocidade foi romântico e intimista, particularmente na música para piano e nos "lieder" (canções), mas poucas obras românticas subsistem porque Brahms tinha o hábito de destruir os originais que não resistiam à sua severa autocrítica.

Em sua segunda fase, não-romântica (ou pós-romântica), seguiu Beethoven como modelo, mas não a ponto de continuar sua obra. Brahms, com seu espírito sóbrio, evitava inspirações, improvisações e alusões poético-literárias. Esse "formalismo" dificulta o acesso à sua música. O germanismo dificultou, durante muito tempo, a difusão de sua música no estrangeiro e fez com que os amantes de Wagner custassem a se render a Brahms.

Sua terceira fase é o regresso às raízes do Renascimento e do Barroco, à tradição luterana, que aparecem na comovente composição "Réquiem Alemão", nas obras para coro e orquestra e outras. Suas composições, influenciadas por Bach e Haendel, apresentam uma surpreendente harmonia entre o classicismo e o romantismo. Em linhas gerais, a música de Brahms caracteriza-se pelo seu caráter melancólico, pela tensão concentrada e obscuridade, pelos ritmos sincopados e pela riqueza temática.

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Educação Musical é a educação que oportuniza ao indivíduo o acesso à música enquanto arte, linguagem e conhecimento. A educação musical, assim como a educação geral e plena do indivíduo, acontece assistematicamente na sociedade, por meio, principalmente, da industria cultural e do folclore e sistematicamente na escola ou em outras instituições de ensino.