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domingo, 25 de abril de 2010

Embocadura, Postura e Cuidados

O nosso objetivo é falar um pouco sobre tudo o que se refere a Flauta Transversal.



Antes de começar seu estudo, procure estar relaxado fazendo um alongamento do seu corpo, principalmente braços e cabeça. Esse simples ato ajuda a prevenir problemas como torcicolo, DORT (Tendinite), e outros incômodos à sua saúde.

Trataremos aqui dos aspectos técnicos que envolvem a arte de tocar flauta, começando pela respiração, o primeiro passo para se dominar o instrumento. Inicialmente, falaremos sobre seu mecanismo: a respiração se divide em inspiração e expiração. Durante a inspiração, o diafragma puxa o ar para os pulmões. Para se ter uma respiração silenciosa e flexível (mais rápida ou mais lenta), devemos pronunciar a vogal "Ô" como se fosse um bocejo. Assim, abrimos a garganta, abaixamos a língua e o ar passa sem obstáculos, portanto, sem barulho. A língua, além de estar abaixada, deve encostar-se aos dentes inferiores (apenas encostar, sem empurrar; se isso acontecer, haverá muita tensão, ocasionando o fechamento da garganta e, por conseqüência, do som).

Na expiração, usamos os músculos abdominais para expulsar o ar dos pulmões. No controle da velocidade em que ocorre este processo de expulsão, através dos músculos abdominais, reside o controle da dinâmica. Quanto mais ar, mais forte; quanto menos ar, mais piano. Este controle se chama "apoio" ou suporte dos músculos abdominais. Os lábios se incumbem de controlar a velocidade final do ar e, por conseguinte, a afinação.

Para se ter à sensação do mecanismo de inspiração e expiração e do apoio, podemos imitar a respiração ofegante de um cachorro (sempre pensando na vogal Ô). Progressivamente, vai-se aumentando o tempo da inspiração e da expiração, sempre mantendo a garganta aberta, expirando o ar com som de "F” (lábios mais fechados para sentir a resistência do ar sem fechar a garganta), mas com a cavidade bucal bem aberta “Ô” e inspirando o ar como um bocejo, treinando assim a sustentação e o apoio das notas.

Devemos estudar a respiração sem a flauta por uma questão de concentração. Depois de devidamente trabalhado individualmente, transferimos o domínio da respiração para o instrumento.

ü Faça também um “alongamento interno” com os exercícios de respiração.

ü Expire (pela boca) até retirar todo o ar viciado do organismo;

ü Inspire lentamente (pelo nariz) até encher totalmente os pulmões, procure encher sempre à parte “baixa” primeiro;

ü Prenda por alguns segundos (três aproximadamente);

ü Solte o ar lentamente pela boca. Não deixe escapar de uma só vez. Tente aumentar gradativamente o tempo de expiração. Se quiser, divida essa expiração em três partes, quatro, cinco e assim sucessivamente.

ü Descanse um pouco e repita o exercício no máximo cinco vezes. Caso sinta tontura, pare e descanse. Esse sintoma é normal no início.



Postura: Quando de pé, devemos pensar em uma postura relaxada, ereta, com cabeça e tronco erguidos, joelhos levemente dobrados, peso nas coxas, sensação de uma linha imaginária que vai do calcanhar, passando pelas costas e indo até a cabeça, alongando o corpo inteiro. Para deixar a cabeça na posição certa, não muito abaixada e nem muito erguida, podemos fazer um teste, cantando e sustentando a vogal "Ô" e abaixando e erguendo a cabeça sucessivamente. Devemos procurar o som mais ressonante e aberto, indicando que estamos abrindo a garganta e com a postura correta. A sensação é de alongamento da coluna cervical (região do pescoço). Os braços formam triângulos com o corpo. Se fôssemos vistos de cima, veríamos dois triângulos cujos lados seriam formados pelos braços, antebraços e corpo.

Devemos sempre pensar em relaxar os ombros. O quanto levantamos ou abaixamos os cotovelos e o quanto dobramos os pulsos devem estar relacionados com o relaxamento dos ombros e o alinhamento da flauta com relação ao corpo. Vendo um flautista de frente, a linha do instrumento deve ser paralela com a linha dos lábios. Vista de cima, a linha da flauta deve estar perpendicular à ponta do nariz do músico.

Os pés podem ficar paralelos um ao outro ou fazendo um "L", o direito sendo a base e o esquerdo à frente, levemente separados. Giramos a cabeça para esquerda em direção à estante, ao maestro e ao público.

Nosso corpo nunca ficará de frente para a estante e sim para a direita. O mesmo vale quando estamos sentados. Os pés devem tocar o chão, e a cadeira voltada para a direita para girarmos a cabeça para a esquerda. A flauta é transversal, não a tocamos como um clarinete, por exemplo. Se não prestarmos atenção a estes detalhes, pode-se desenvolver graves problemas de coluna. Devemos pensar em movimentos horizontais, seguindo as linhas das frases, para não criarmos vícios de tocar acentuando notas sem necessidade, a menos que estejam indicados acentos na partitura. Os movimentos devem estar sempre relacionados à música, como se fôssemos atores interpretando um texto.



Posição dos dedos: devemos pensar em dedos naturalmente curvados e tocando as chaves com a região da polpa. Como exceção à regra, temos o dedo indicador esquerdo, que toca a chave com a ponta. O polegar esquerdo, dependendo do tamanho da mão, toca com a polpa, mas com a parte do lado esquerdo por uma questão de comodidade. O polegar direito participa da sustentação do instrumento, curvando-se naturalmente para esquerda, posicionado entre uma região logo abaixo do indicador e na metade entre o indicador e o médio. O indicador da mão esquerda também participa da sustentação do instrumento, mas com sua parte baixa, após a segunda articulação de cima para baixo, entre a terceira e a quarta linha. Em termos de anatomia, é a parte próxima da primeira falange. É aquela região onde se formam calos.

Devemos pensar em segurar a flauta pelos lados, formando uma alavanca contra o queixo. O polegar direito empurra a flauta para frente, a parte baixa do indicador esquerdo empurra a flauta para trás, e a flauta vai direto contra o queixo. É importante notar que tanto o polegar direito como a parte baixa do indicador esquerdo devem empurrar a flauta com um certo ângulo (aproximadamente 45º em relação ao chão) para cima, para que a flauta não tenha tendência a girar para dentro (o que causaria perda de flexibilidade no som).

Devemos perceber a importância do dedo indicador da mão esquerda quanto à sustentação do instrumento e a facilidade da técnica de digitação da mão esquerda. Ele empurra a flauta contra o queixo com a parte de baixo, onde se formam calos. Assim como o polegar da mão direita, ele empurra com um certo ângulo para cima. Toca a chave com a ponta e não com a polpa. Assemelha-se à figura de um cisne.

A segunda articulação dobra, de forma a ficar perpendicular à região anterior do dedo, e a primeira articulação dobra, de modo que o dedo toca a chave com a ponta. Atenção: a terceira articulação deve dobrar de forma moderada, para que o dedo não fique nem muito alto, nem muito baixo. Com isso, se obtém maior controle da digitação da mão esquerda, facilitando passagens difíceis que envolvem esta mão. O importante é que tanto o dedo indicador da mão esquerda quanto o dedo polegar da mão direita fiquem relaxados.



Embocadura: A embocadura é uma conseqüência da forma como sopramos. Ela dá o acabamento final ao ar que produzirá o som. Se soprarmos de forma correta, com apoio, sem fechar a garganta, é quase certo que a embocadura será relaxada. Não devemos sorrir espremendo os cantos dos lábios e nem tampouco exagerar no relaxamento, enchendo as bochechas demasiadamente de ar. Deve ser relaxada e natural, quase sem modificar a forma dos lábios quando estamos com a boca fechada. Os lábios superiores ficam levemente na frente dos inferiores, para projetar o ar na quina do buraco do porta-lábio, onde o som é produzido.

Devemos pensar em usar mais os músculos vizinhos dos lábios e não somente o músculo orbicularis (lábios). Usamos o triangularis, que abaixa o canto dos lábios. Usamos o mentalis, músculo do queixo que leva o lábio inferior para frente, cobrindo mais o bocal. E usamos o caninus, músculo da "maçã" do rosto, que controla os lábios superiores, dando mais foco ao som. Com o uso destes músculos faciais, a embocadura resultante permite um som maior, mais flexível e interessante em termos de beleza e controle de timbre, dinâmica e afinação!

Uma analogia que sempre funciona é o sopro de uma vela ou várias velas de aniversário. A diferença é que o ângulo para soprar na flauta é mais para baixo. Mas a embocadura é praticamente a mesma, como se pronunciando o fonema "F" com dentes mais afastados.



Dicas para o inicio do estudo

ü Organize seu material de estudo para que possa aproveitar bem o seu tempo e trabalhar todas as dificuldades necessárias.

ü Comece, de preferência, pelos exercícios de sonoridade (nota longa) para aquecer. Em seguida os estudos técnicos (escalas, arpejos, golpes simples, duplos e triplos, etc.) e por último o repertório.

ü Lembre-se: Você pode começar com sonoridade e ir direto ao repertório, mas faça sempre um bom estudo de sonoridade. Por ser a flauta um instrumento de sopro, o que faz a diferença entre um flautista bom e um mau é o som, não se ele toca rápido ou lento. Isso é conseqüência quando se alcança uma boa qualidade sonora.

ü Durante o estudo, procure concentrar toda a sua atenção, assim você assimilará tudo o que praticou.

ü Tenha sempre à mão um lápis e borracha. Marque os trechos mais difíceis e dê maior atenção. Ao final, toque a peça ou estudo completo para entender o sentido musical das frases e manter “nos dedos” o que já foi praticado.

ü Pratique todos os dias. Mesmo que não tenha tempo para seguir todos os passos, mantenha o contato com seu instrumento. Isso evitará perda na qualidade do som.



A afinação é uma questão da superfície de reflexão sonora e da velocidade do ar que sopramos. Quanto maior a superfície de reflexão sonora, mais alta é a afinação. Quanto menor, mais baixa. Aumentamos a superfície de reflexão sonora cobrindo menos o bocal, e a diminuímos cobrindo mais. Para cobrir menos o bocal, basta girar a flauta mais para fora ou levar os lábios inferiores mais para trás; para cobrir mais, basta girar mais para dentro ou deixar os lábios inferiores mais para frente. Por exemplo, quando vamos tocar uma nota aguda e pianíssimo, a tendência é o tensionamento e conseqüente colapso dos lábios inferiores para frente. Isto faz a nota cair em afinação. Se usarmos a "psicologia invertida", podemos pensar em rolar os lábios inferiores nos dentes inferiores, o que evita levarmos os lábios inferiores tão para frente, mantendo a superfície de reflexão sonora e, por conseqüência, a afinação. Se mudarmos o ângulo como sopramos o ar, também mudamos a afinação.

Se soprarmos mais para fora do bocal, a afinação sobe, pois o ar interno da flauta diminui de tamanho, aumentando a freqüência sonora e subindo a afinação. Isto ocorre porque uma menor quantidade do ar soprado participa da coluna de ar interior, diminuindo o seu tamanho. Se soprarmos mais para dentro do bocal, a afinação desce, pois o ar interno da flauta aumenta de tamanho, diminuindo a freqüência sonora e abaixando a afinação. Isto ocorre porque uma maior quantidade do ar soprado participa da coluna de ar interior, aumentando o seu tamanho.

Enquanto os músculos abdominais controlam a quantidade de ar (através do apoio) e, por conseguinte, a dinâmica, os lábios controlam a velocidade da palheta de ar e a afinação.

Quanto ao controle de dinâmica e afinação, pensemos na analogia com a mangueira de jardim. Os músculos abdominais representam a torneira, e os lábios, o final da mangueira. Imaginemos que vamos regar uma planta à nossa frente. Para continuar regando a mesma planta com mais água (tocar a mesma nota mais forte), ao abrirmos a torneira (empurrar mais ar com abdome) temos que, ao mesmo tempo, aumentar o tamanho do buraco da mangueira por onde sai a água (relaxar mais os lábios, aumentando o tamanho do buraco dos lábios).

Caso contrário, a água ultrapassa a planta com menos água (tocar a mesma nota mais piano); ao fecharmos a torneira (empurrar menos ar com o abdome), temos que, ao mesmo tempo, diminuir o tamanho do buraco da mangueira por onde sai a água (aproximar mais os lábios sem espremê-los, diminuindo o tamanho do buraco dos lábios). Caso contrário, a água se distancia da planta, indo em nossa direção (a afinação cai). Em outras palavras, deixar os lábios relaxados, flexíveis, apenas moldando a coluna de ar, permitindo as mudanças de dinâmica sem variar a velocidade e a afinação.

Para mudarmos o timbre sem modificarmos a afinação, basta soprarmos com mais foco (som mais claro) ou menos foco (som mais escuro), sem modificar a velocidade da palheta de ar que sopramos na quina onde o som é produzido. O foco diz respeito ao formato da palheta de ar. Uma palheta mais concentrada, fina, produz som mais claro. Palheta de ar mais difusa, larga, produz som mais escuro. Depende da abertura dos lábios e do uso do ar. A abertura da cavidade bucal e a posição da língua influenciam na ressonância do som.

A articulação é determinada pelo ataque, duração e dinâmica de cada nota a ser tocada. Para tanto, fazemos uso de diferentes posições da língua durante o ataque e, principalmente, do uso da coluna de ar.

O ar é o elemento mais importante na articulação, responsável pela duração e dinâmica da mesma, pois a língua não deve cortar a coluna de ar, nem os lábios. A língua é responsável apenas pela precisão do ataque, do início da nota. Funciona como uma válvula que inicialmente fecha o caminho do ar para fora da boca e, quando colocada para trás, libera este caminho, permitindo que o som se inicie. A língua, portanto, não bate, ela sai do caminho.

Existe uma certa pressão atrás da língua, devido ao ar que está prestes a ser liberado, articulado. Esta pressão depende do apoio dos músculos abdominais, que, além disso, controlam a quantidade de ar a ser liberado (dinâmica e duração da nota). Os lábios dão o acabamento final ao ar liberado, controlando sua velocidade (afinação) e direção (foco e timbre). Vale lembrar que a língua deve estar sempre relaxada e deve-se usar movimentos mínimos.

Alguns inícios de frase, de tão sutis, pedem articulação sem língua. Usamos a articulação simples para passagens não muito rápidas, onde conseguimos articular grupos de notas sucessivamente com a mesma sílaba. Usamos a letra "T" ou "D", sendo que o "T" confere ataque mais nítido e o "D" ataque mais suave. Formamos diferentes sílabas dependendo da vogal que queremos para a passagem em questão. Ex.: Ta, Te, Ti, To, Tu ou Da, Di, Do, Du. A língua se posiciona entre os dentes para os registros médios e agudos, e logo atrás dos dentes superiores (palato duro), para o registro grave.

Usamos a articulação dupla para passagens mais rápidas, onde necessitamos alternar duas sílabas para maior comodidade e clareza de execução (letras "T-K" alternadamente ou"DG"). Se a passagem for muito rápida, é mais aconselhável usar o"D-G", que deixa a articulação mais leve e a frase mais fluente. Como a sucessão de notas já é rápida, as notas soarão naturalmente curtas. Usamos também em passagens rápidas a articulação tripla, onde há grupos de três notas sucessivas. Usamos as letras "T-K-T" ou "D-G-D". O D-G-D é mais indicado para passagens muito rápidas.

O importante é que técnica e musicalidade caminhem juntas. A técnica deve ser escrava da música, e nunca o contrário! Exatamente por isso, a técnica deve estar sob controle.



Manutenção e Cuidados com a Flauta Transversal.

Saber cuidar da flauta é um dever de todo bom flautista. Como nós, o instrumento também necessita de cuidados e carinho pois só assim nos dará aquele retorno que como músicos necessitamos. Imagine-se numa situação em que você, precisando do instrumento, não poderá usá-lo porque perdeu um parafuso, soltou uma mola ou as sapatilhas estão grudentas. Realmente não precisamos ser um técnico especializado mas precisamos sim de um mínimo de conhecimentos para que situações como as do exemplo acima possam ser solucionadas rapidamente, caso venham ocorrer.

Com estas dicas tentaremos ajudar aqueles que não tiveram a oportunidade de saber um pouco sobre estes cuidados como também complementar o conhecimento daqueles que já conhecem. É bom lembrar que com um simples cuidado na manutenção de sua flauta evita-se problemas em ocasiões inesperadas e que sabendo cuidar de sua flauta ela vai estar sempre valorizada, caso venha vendê-la para adquirir uma outra.



CUIDADOS BÁSICOS:

ü Sempre guarde o estojo com a flauta num lugar fora do alcance de crianças que não saibam como manuseá-la ou de pessoas curiosas.

ü Mantenha sua flauta longe de fontes de calor (estufas, aquecedores) e também de fontes frias (mármore, pedras). Tanto o calor quanto o frio poderão alterar as sapatilhas, prejudicando seu perfeito funcionamento.

ü NUNCA deixe a flauta dentro de porta-malas ou fechada dentro do carro. Além do calor que toma indiretamente do sol, corre o risco de ser roubada !

ü Ao terminar seus estudos diários enxugue a flauta por dentro com um pano bem absorvente(fralda) e que não solte fiapos, enrolado numa vareta de madeira ou metal, eliminando qualquer umidade que possa estragar as sapatilhas.

ü NUNCA deixe a flauta montada em cima de uma cadeira ou cama. São locais perigosos pois, sem querer, podemos assentar. Utilize uma mesa ou uma superfície plana, de preferência mais no centro, onde não tem perigo de cair.

ü Quando der um intervalo em seu estudo, deixe a flauta sobre uma superfície com as chaves paralelas à superfície (chaves para cima). Isto evita que a saliva escorra encharcando as sapatilhas.

ü Após enxugar a flauta por dentro é aconselhável utilizar uma flanela para limpá-la por fora, tirando assim as marcas da transpiração que oxidam o metal. No mecanismo, limpe as chaves uma a uma para que o seu funcionamento não seja prejudicado. Nunca use o mesmo pano para enxugar por dentro e por fora.

ü Periodicamente utilize um pincel de seda bem macio para limpar todo o mecanismo da flauta. Isto pode ser feito com ela montada e evita que a poeira vá acumulando nos eixos e mecanismos, além de mantê-la com uma excelente aparência.



CUIDADOS AO MONTAR E DESMONTAR A FLAUTA

ü Ao montar ou desmontar sua flauta, escolha sempre uma superfície plana e bem larga para colocar estojo sem perigo de cair. Se for numa mesa, coloque-o mais para o centro.

ü Evite montá-la ou desmontá-la apoiando o estojo nas pernas.

ü Afaste-se de qualquer objeto que possa bater na flauta durante a montagem.

ü Procure segurar sempre nas partes em que não tem mecanismos. Eles são muito frágeis e quando segurados ou apertados indevidamente podem trazer problemas.

ü Seqüência para montagem da flauta: primeiro segure com firmeza, com mão direita, o corpo da flauta pela parte onde vem escrito a marca. Depois, com a mão esquerda, pegue o bocal e o encaixe girando-o, bem devagar, de modo que entre com facilidade. Após isto pegue o pé, com a mão esquerda, e o encaixe com um leve giro na base do corpo da flauta. Ajuste-o com muito cuidado, pois o encaixe final do corpo é muito curto e fino.

ü Quanto ao alinhamento da flauta tomamos como referência as chaves do corpo. O bocal alinha-se o seu orifício com a chave do dó sustenido e o pé alinha-se de modo que seu eixo coincida com o meio das chaves do corpo.

ü Certifique-se de que a flauta está bem acondicionada dentro do estojo. Muitas vezes ela pode ficar sacudindo dentro do estojo o que acaba afetando seu mecanismo e também arranhado-a. Solucione isto usando uma pequena flanela para ajustar a folga.



CUIDADOS COM AS SAPATILHAS

As sapatilhas são responsáveis pela integridade do som da flauta. Qualquer problema nelas como folgas, sujeira, pequenos cortes, ressecamento, umidade excessiva, entre outros, causa conseqüências imediatas na resposta sonora da flauta. Muito embora sejam frágeis, quando bem cuidadas tem bastante durabilidade.

ü Sempre que começar seu estudo escove os dentes. A saliva pode conter resquícios de alimentos (doces, café, biscoitos, entre outros) que em contato com as sapatilhas ficam aderidos a elas. Com o passar do tempo isto causa um pequeno ruído quando em contato com a chaminé.(orifícios do tubo da flauta)

ü Para solucionar o problema apresentado acima, utilize o papel de seda (para fazer cigarros). Coloque-o entre a chave e a chaminé e pressione a chave algumas vezes até que a sujeira seja eliminada. EM CASOS MUITO CRÍTICOS aconselha-se passar um mínimo de talco na seda, com a ponta do dedo, espalhando-o muito bem e depois coloque novamente entre a chave e a chaminé, pressionando algumas vezes, como já foi explicado. Cuidado para não deixar a parte que tem cola na seda encostar nas sapatilhas.

ü NUNCA aperte as chaves de sua flauta com força. Isto é anti-natural e desgasta as sapatilhas. Uma flauta bem sapatilhada nunca necessita de força para perfeito fechamento das chaves !

ü Evite utilizar objetos com ponta para mexer ou limpar as sapatilhas. Isto, com certeza, pode cortá-la.

ü Tanto o excesso de calor como de frio podem afetar as sapatilhas. Portanto mantenha sua flauta longe destas fontes!



LUBRIFICANDO O MECANISMO DA FLAUTA

É aconselhável que periodicamente você lubrifique o mecanismo de sua flauta. O uso no dia-a-dia, após horas de estudo, naturalmente desgasta os eixos e para repor isto nada melhor do que um óleo bem fino.

ü Primeiro você deve ter um óleo bem fino e específico para o instrumento (não use Singer ou outros do gênero !)O local precisa ser bem iluminado e utilize uma superfície bem plana e larga. Pingue algumas gotas num pires e com uma agulha coloque-a no óleo do pires e depois leve esta em cada eixo. É um trabalho que precisa de tempo e paciência. O resultado é ótimo! Todo o mecanismo vai ficar mais ágil.

ü Tome cuidado para não deixar óleo cair nas sapatilhas pois isto pode danificá-la. Seja cuidadoso que tudo vai dar certo!



O BOCAL DA FLAUTA

É a parte de aspecto mais simples pois vê-se somente a embocadura (porta-lábio) com sua abertura oval, soldada ao bocal, de perfil arredondado, para permitir ao flautista apoiá-lo com firmeza sobre o queixo.

O bocal está fechado à esquerda por uma rolha. Feita por uma cortiça é furada ao meio por onde passa uma um pino rosqueado. Na extremidade direita do pino é soldado uma placa metálica e na extremidade esquerda temos um arremate em forma de um chapeuzinho. Apesar da simplicidade exterior, o bocal é um elemento muito frágil e muito importante da flauta. Todos os detalhes de sua construção (local da rolha, vedação, ângulo de solda do porta-lábio, formato do orifício, conicidade) determinam a qualidade e a precisão do som do instrumento.



CUIDADOS COM O BOCAL

ü Nunca mexa no seu porta lábio, pois qualquer alteração afeta no resultado da sonoridade da flauta. O que se pode fazer é, periodicamente, limpar sua borda interna com um cotonete.

ü O bocal tem uma rolha de regulagem que é para dar o equilíbrio na afinação. Esta rolha nunca deve estar ressecada, pois a flauta perde na sonoridade, e precisa manter sua regulagem com a medida que está na ponta de sua vareta para limpar a flauta. Portanto coloque a vareta dentro do bocal e verifique se no meio do orifício do bocal encontra-se a marca da vareta. Caso esteja, tudo bem; caso não esteja, solte um pouco o chapeuzinho do bocal e faça a regulagem.

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♫ ♫ Educação Musical ♫ ♫

♫ ♫ Educação Musical ♫ ♫
Educação Musical é a educação que oportuniza ao indivíduo o acesso à música enquanto arte, linguagem e conhecimento. A educação musical, assim como a educação geral e plena do indivíduo, acontece assistematicamente na sociedade, por meio, principalmente, da industria cultural e do folclore e sistematicamente na escola ou em outras instituições de ensino.