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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Maurice Ravel
Maurice Ravel nasceu no dia 7 de março, filho de Joseph e Marie Ravel. A origem basca, pelo lado materno, e a proximidade da fronteira espanhola deram-lhe o gosto pela Espanha.
Quando estava com 7 anos de idade, seu pai notou-lhe o ouvido para a música e decidiu que o menino deveria ter aulas de piano. A família mudou-se para Paris, onde o pequeno Maurice pôde estudar com Henri Ghys, seu primeiro professor de piano.
Aos 12 anos de idade, tornou-se aluno de composição de Charles-René, que ensinou-lhe harmonia, contraponto e os princípios da composição. Em 1889 Ravel entrou para a classe de piano do Conservatório de Paris. Foi o ano da "Exposition Universelle", onde Debussy maravilhou-se com a música javanesa, enquanto Ravel adquiria o gosto pela arte oriental. Sua música, de extraordinária unidade e limpidez, e de tradição clássica, ganhou com isso em colorido e originalidade.
Aos 26 anos obteve, com uma cantata, o segundo lugar no Prêmio de Roma. Nesta época já era autor de Les Sites auriculaires (1895), para dois pianos e de Pavane pour une infante défunte (1899). Ao candidatar-se novamente, em 1904, havia composto Jeux d'eau (1901, para piano), o quarteto de cordas em fá maior (1902-03) e Shéhérazade (1903). Mas não foi sequer admitido às provas eliminatórias e esta injustiça tornou-o arredio para o resto da vida. Em 1920 recusaria a Legião de Honra.
Ravel tinha o fascínio das coisas difíceis e insólitas. Algumas das suas peças, como Gaspard de la nuit (uma série de três peças para piano - 1908), o concerto para piano e orquestra em ré maior (Concerto para a mão esquerda, 1931) e a sonata para violino e violoncelo (1920-22) parecem desafios que o compositor se tenha proposto para resolvê-los com brilho. O balé Daphnis et Chloé (1909) foi composto a pedido de Diaghilev. L'Enfant et les Sortiléges (1925) põe em música um libreto de Colette.
Um desastre de automóvel (1932) teve como sequela a doença que afetou sua memória e a coordenação dos movimentos. Uma cirurgia cerebral, como último recurso, não teve êxito.
Outras obras: Miroirs (1905), Ma Mére l'Oye (1908), Valses nobles et sentimentales (1911), Le Tombeau de Couperin (1917), La valse (1920), Alborada del Gracioso (1907), Rapsodie espagnole (1907), Bolero (1928), etc.
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