Células tumorais expostas à Quinta Sinfonia de Beethoven, perderam tamanho ou morreram. A pesquisa foi feita pelo Programa de Oncobiologia da UFRJ, que expôs uma cultura de determinadas células à meia hora da obra. Uma em cada cinco delas morreu, e as sobreviventes apresentaram perda de tamanho e granulosidade.
Há algum tempo ouvisse falar sobre o poder que a música erudita tem no crescimento das plantas. Uma peça de Mozart (Sonata para 2 pianos em ré maior), que é muito usada em terapias alternativas, além de estudos sobre o tão famoso "Efeito Mozart", que supostamente melhora o funcionamento cerebral nas zonas de inteligência matemática e linguística, não teve o mesmo efeito sobre as células com câncer, tal como a quinta de Beethoven. Bem, o que se conclui que não é mérito do gênero de música. Outra que também surtiu efeitos semelhantes nas células tumorais foi a composição “Atmosphères”, do húngaro György Ligeti.
Ainda há muito a pesquisar: se o efeito foi pelo conjunto da obra, ou partes dela, ou mesmo um ritmo, um timbre, uma sequência harmonica. Pesquisar também outros gêneros musicais -vão agora usar samba e funk- e também se o mesmo resultado é conseguido quando se escuta com fones de ouvido, porque estes resultados não têm a ver com o emocional, as células tumorais foram expostas ao som, foi uma consequência direta, física.
É preciso descobrir a cura do câncer, ou como controlá-la, pelo menos, como tem sido feito com a Aids. Câncer: doença séria e traiçoeira, que, salvo raras exceções, acaba com a pessoa que a tem e abala profundamente quem está ao lado, cuidando e convivendo com este horror.
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