"Um pouco sobre minhas próprias composições para bandas fanfarras"
Devido as limitações que as bandas fanfarras possuem em relação as extensões dos instrumentos de sopro e levando em consideração que muitas vezes a fanfarra é o primeiro contato de estudantes com uma formação musical com maior número de integrantes. Minhas composições para essa área tem um cunho mais didático, sem muitos saltos complexos ou frases extensas. Visando, principalmente, atrair o interesse dos alunos para grupos mais amplos como: Bandas Sinfônicas, Orquestras e Coral. Peças que mesmo com alta simplicidade buscam chamar a atenção musical do aluno para a beleza simples de tocar em grupo e gerar sons harmônicos. Mesmo que se esteja ainda iniciando no mundo musical. Minhas duas principais obras nesse gênero são:
Marcha Estudantil I
Com abertura dando ênfase à percussão até a entrada das cornetas e cornetões tocando intervalos harmônicos. Um interlúdio marcado por um queda de volume para execução solista das cornetas em Sib e volta ao tema principal. Música literalmente feita para ser tocada em desfiles solenes não importando o quanto seja necessário a suas repetições temáticas.
Marcha Estudantil II
Novos fraseados, agora com o um grau de dificuldade maior. Do ponto de vista didático-musical, a leitura exige uma leitura de partitura mais apurada, devido suas células rítmicas e melódicas mistas. Possui mesma tonalidade da primeira marcha e pode ser tocada facilmente em alternância gerando uma sensação de interlúdio de uma peça única.
♪ Regente ♪ Músico Multi-Instrumentista e Vocalista ♪ Arranjador ♪ Compositor ♪
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terça-feira, 15 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Concerto Para Metais nº1 - Concerto Marcial - Composição: Roberto Holanda
"Um pouco sobre minhas próprias composições para metais"
Compor peças musicais para metais é começar qualquer ideia com som alto e forte, pelo menos para mim. Tenho boas lembranças de ainda quando criança, ver passando por minha rua, bandas de colégios executando marcha em dias solenes. E, acima de tudo, de ter feito parte de bandas marciais no período como estudante de música no CEFIS. Apesar de ter escrito outras peças para metais, essa é realmente a minha primeira obra para essa formação com aprofundamento temático-musical. O ponto de partida foi escrever um grupo de obras que mais são executadas por grupos metálicos, não em consideração as obras europeias, mas em relação as minhas vivências musicais em grupos de Fortaleza.
1º Parte: A Marcha
Essa marcha foi minha primeira composição feita sobre encomenda para um dos núcleos musicais onde sou regente. Apesar de soar como marcha, ela possui um andamento quartenário e não binário, o que confere uma sonoridade que prevalece muito mais ao fraseado melódico do que o rítmico. Por isso, escolhi como peça de abertura para esse concerto, por tratar-se de uma obra bem mais voltada à execução camerística do que a marchas em locais públicos e abertos. Possui fraseado de fácil assimilação e que vai crescendo com a junção do instrumental que se desencadeia junto a percussão marcante. O final é marcado por contra-tempos típicos de bandas marciais de desfiles, o que confere a peça um ar enérgico muito interessante.
2º Parte: A Valsa
Também composta sobre encomenda na mesma época que a marcha, a valsa é uma de minhas obras mais queridas. O desafio de compor algo simples e sem muitas alterações e que seja ao mesmo tempo marcante e agradável, é algo realmente complexo. Para inseri-la no concerto, a partitura passou por algumas modificações, assim como a marcha, mas que não retiram em nada a ideia original. Apenas acrescentam. Abre com marcações fortes de cadências I-IV-IV-I-IV-V-I e só então a valsa é anunciada com o fraseado da trompa que é seguida por trompetes em terças, logo depois. O interlúdio é forte com tom chamativo do primeiro trompete na tônica e que abre o final, logo depois, de forma alegre e modulante.
3ºParte: A Miscelânia
Após ter terminado as duas primeiras partes, senti uma certa injustiça por não ter composto algo que lembrasse o baião nordestino, já que esse foi um dos estilos mais executados e escutados por mim como músico de bandas marciais em Fortaleza e em Russas. Também pensei que seria injusto compor algo de cunho popular para metais sem exaltar o jazz. Como as dúvidas eram muitas, decidi compor algo que mais me agradava como músico instrumentistas de orquestras, bandas sinfônicas, bandas marciais, fanfarras e big bands. Ou seja, o velho e conhecido "Pout-Pourri" ou "Medley". Foi o que fiz, a peça abre com uma marcha em tom quase fúnebre que cresce ao tom militar e que prepara para uma progressão bluesística. Logo em seguida, o motivo da música aparece por alternâncias enre trompete, trompa e trombone, mas em ritmo de baião que depois é acelerado, agora em jazz-swing. Ao final do fraseado a marcha volta em forma de interlúdio, mas agitado dessa vez. A progressão do blues é revista novamente com andamento de jazz que segue até o seu desfecho. O final é um coda que cai para o fraseado típico jazzístico com andamento lento e que acelera ao fim para marcar resolução. É uma de minhas obras mais eloquentes e que se encaixa perfeitamente também dentro de minhas composições para Big Bands, que falarei em outra oportunidade.
Compor peças musicais para metais é começar qualquer ideia com som alto e forte, pelo menos para mim. Tenho boas lembranças de ainda quando criança, ver passando por minha rua, bandas de colégios executando marcha em dias solenes. E, acima de tudo, de ter feito parte de bandas marciais no período como estudante de música no CEFIS. Apesar de ter escrito outras peças para metais, essa é realmente a minha primeira obra para essa formação com aprofundamento temático-musical. O ponto de partida foi escrever um grupo de obras que mais são executadas por grupos metálicos, não em consideração as obras europeias, mas em relação as minhas vivências musicais em grupos de Fortaleza.
1º Parte: A Marcha
Essa marcha foi minha primeira composição feita sobre encomenda para um dos núcleos musicais onde sou regente. Apesar de soar como marcha, ela possui um andamento quartenário e não binário, o que confere uma sonoridade que prevalece muito mais ao fraseado melódico do que o rítmico. Por isso, escolhi como peça de abertura para esse concerto, por tratar-se de uma obra bem mais voltada à execução camerística do que a marchas em locais públicos e abertos. Possui fraseado de fácil assimilação e que vai crescendo com a junção do instrumental que se desencadeia junto a percussão marcante. O final é marcado por contra-tempos típicos de bandas marciais de desfiles, o que confere a peça um ar enérgico muito interessante.
2º Parte: A Valsa
Também composta sobre encomenda na mesma época que a marcha, a valsa é uma de minhas obras mais queridas. O desafio de compor algo simples e sem muitas alterações e que seja ao mesmo tempo marcante e agradável, é algo realmente complexo. Para inseri-la no concerto, a partitura passou por algumas modificações, assim como a marcha, mas que não retiram em nada a ideia original. Apenas acrescentam. Abre com marcações fortes de cadências I-IV-IV-I-IV-V-I e só então a valsa é anunciada com o fraseado da trompa que é seguida por trompetes em terças, logo depois. O interlúdio é forte com tom chamativo do primeiro trompete na tônica e que abre o final, logo depois, de forma alegre e modulante.
3ºParte: A Miscelânia
Após ter terminado as duas primeiras partes, senti uma certa injustiça por não ter composto algo que lembrasse o baião nordestino, já que esse foi um dos estilos mais executados e escutados por mim como músico de bandas marciais em Fortaleza e em Russas. Também pensei que seria injusto compor algo de cunho popular para metais sem exaltar o jazz. Como as dúvidas eram muitas, decidi compor algo que mais me agradava como músico instrumentistas de orquestras, bandas sinfônicas, bandas marciais, fanfarras e big bands. Ou seja, o velho e conhecido "Pout-Pourri" ou "Medley". Foi o que fiz, a peça abre com uma marcha em tom quase fúnebre que cresce ao tom militar e que prepara para uma progressão bluesística. Logo em seguida, o motivo da música aparece por alternâncias enre trompete, trompa e trombone, mas em ritmo de baião que depois é acelerado, agora em jazz-swing. Ao final do fraseado a marcha volta em forma de interlúdio, mas agitado dessa vez. A progressão do blues é revista novamente com andamento de jazz que segue até o seu desfecho. O final é um coda que cai para o fraseado típico jazzístico com andamento lento e que acelera ao fim para marcar resolução. É uma de minhas obras mais eloquentes e que se encaixa perfeitamente também dentro de minhas composições para Big Bands, que falarei em outra oportunidade.
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