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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Teoria Musical - Com Exemplos na Obra dos Beatles (III)


6 – A escrita musical



Eis o momento daquela célebre pergunta: como toda essa teoria sobre ritmos, harmonias, andamentos e o demônio (?) pode ser passada para o papel?

Hum... eis uma questão difícil. Há toda uma história por trás do nosso sistema de notação musical, mas não vem ao caso agora. Buscamos aqui a praticidade, não a teoria excessiva.

Como é que se representa a fala humana? Quando quero representar o som "Pa" (de Palmeiras) uso dois sinais gráficos que representam esse som, o "p" e o "a". Veja que a escrita, por si só, já é a representação de sons. E quando eu quero representar uma música? Uso um procedimento semelhante, usando símbolos para representar um som.

Para representar a fala usamos 23 letras, cada uma correspondendo a um som.

Para representar a música usamos notas musicais. Quais são elas?

semibreve = Que vale quatro tempos em compasso de denominador 4

minima = Que vale 2 tempos em compasso de denominador 4

seminima = Que vale 1 tempo em compasso de denominador 4

colcheia = Que vale 1/2 tempo em compasso de denominador 4

semicolcheia = Que vale 1/4 de tempo em compasso de denominador 4

fusa = Que vale 1/8 de tempo em compasso de denominador 4

Esses sinais assustam qualquer um, mas basta saber usá-los e o medo desaparece. Cada uma dessas notas tem seu nome próprio:

Todas elas representam sons. Qual a diferença entre ela? O valor.

Um detalhe antes de continuarmos: pouco importa se a nota está com o colchete para cima ou para baixo. Na prática, isso é apenas questão de facilitar a leitura.

7 – Valores

Quando falamos no valor de uma nota, estamos nos referindo à sua duração. Em música estamos sempre lidando com tempo (Einstein tocava violino, se é que isso é confortador...). Voltando ao assunto, é comum encontrar nos sacrossantos manuais musicais a seguinte definição: "Uma semibreve vale duas mínimas, uma mínima vale duas semínimas, etc...".

Isso quer dizer, na prática, que uma semibreve dura o mesmo tempo de duas mínimas. Uma mínima vale o mesmo tempo que duas semínimas, e assim por diante.

Ah, em música, quando falamos em tempo, podemos estar nos referindo à duas coisas: a duração (minutos, horas, segundos) ou às batidas (cada batida chama-se tempo)

Lembra aquela história de ritmo, andamento, etc? Pois bem, vamos aplicar as idéias que aprendemos. Por idiota que pareça o exercício que faremos, é útil para fixarmos conceitos.

Pegue um relógio, de preferência um que marque também os segundos. Acompanhe os segundos e bata as mãos uma vez por segundo. Está seguindo um ritmo, não está? Está. Agora, bata as mãos duas vezes por segundo. Tente bater as mãos 4 vezes por segundo.

Ótimo. O que aconteceu?

Repare que o número de batidas aumentou, mas o intervalo principal de tempo permaneceu o mesmo. E daí?

Ora, supondo que uma semibreve valha 1 segundo, (calma, logo veremos que esse valor varia de acordo com a vontade do compositor) ao bater as mãos uma vez por segundo, você descobriu uma semibreve. Ao bater duas vezes, viu a semibreve ser dividida em duas, ou seja, você bateu duas mínimas. Ao bater 4 vezes, a semibreve foi dividida em 4 – ou cada mínima foi dividia em duas.

Muito bem, agora que conhecemos as notas e seu valor, vamos ver como agrupá-las, de maneira a dar sentido a um pensamento musical. Da mesma maneira que o texto é agrupado em frases e parágrafos para se tornar compreensível, a música é dividida em compassos.

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Educação Musical é a educação que oportuniza ao indivíduo o acesso à música enquanto arte, linguagem e conhecimento. A educação musical, assim como a educação geral e plena do indivíduo, acontece assistematicamente na sociedade, por meio, principalmente, da industria cultural e do folclore e sistematicamente na escola ou em outras instituições de ensino.