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terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Flauta
A flauta é um dos instrumentos mais antigos que se conhece, tendo sido sempre muito utilizado, pela sua facilidade de construção e pelo som melodioso, de timbre doce e suave que produz.
Até o barroco, a flauta transversal dividia igualmente o campo da instrumentação com as flautas retas, como a flauta doce. A partir do século XVIII, passou a ser mais importante.
A flauta transversal como a conhecemos hoje (ou "flauta de concerto"), data de 1871, a partir de um aperfeiçoamento feito pelo flautista e pesquisador de instrumentos Theobald Boehm, que descreveu seu modelo de flauta no livro "The Flute and Flute playing".Dentro de uma orquestra sinfônica há, geralmente três flautistas no naipe. É comum que as flautas na orquestra dobrem a melodia dos violinos, acrescentando-lhes suavidade e brilho. A Flauta é particularmente usada em passagens rápidas e salteadas - aliás, o virtuosismo na flauta se mostra também na agilidade. Diz-se que é o instrumento mais ágil da orquestra.'
A extensão normal da flauta é de três oitavas, do Dó3 (Dó central no piano) ao Dó6. Estudos acústicos levaram os flautistas a conseguir obter um maior alcance no instrumento, podendo chegar até o Sol6 e, dependendo do flautista, até ao Dó7.
Segundo o maestro Sérgio Magnani, o som da flauta possui característica muito próprias em cada registro.
O grave é aveludado, sensual e misterioso.
O registro central é sonhador e pastoril, evocando atmosferas de pureza.
O agudo é brilhante e penetrante, pode soar estridente se tocado sem cuidado.
Flautim ou Piccolo - Soa uma oitava acima da flauta soprano.
Flauta soprano em Sol - Afinada uma quinta acima da flauta padrão.
Flauta soprano - É a flauta transversal mais utilizada, padrão para o desenvolvimento das outras.
Flauta alto ou em Sol - Flauta tranpositora afinada em Sol, soando assim, uma quarta justa abaixo da flauta soprano. Pode ser reta ou em forma de "J".
Flauta baixo - Soa uma oitava abaixo da flauta soprano, possuindo uma sonoridade mais aveludada. Pela grande dimensão, possui o corpo curvo, em "j".
Flauta contralto - Raríssima, em Sol, soa uma quarta abaixo da flauta baixo.
Flauta contrabaixo - Também raríssima, em Dó, soa duas oitavas abaixo da flauta.
Na flauta, a emissão do som é relativamente fácil, levando ao virtuosismo quase espontâneo no que diz respeito à velocidade. Não tão fácil é obter um som vibrante sem ser vulgar no forte ou inconsistente no piano. As dificuldades de execução apresentam-se também pela natureza heterogénea dos registros, tanto tem timbre, quanto em volume de som. O agudo é potente e brilhante, e o grave, aveludado e de difícil emissão. O controle da embocadura, por se tratar de um instrumento de embocadura livre, deve ser minucioso, já que pequenas alterações no ângulo do sopro interferem bastante no equilíbrio da afinação.
Vibrato - introduzido pela escola francesa, é feito a partir do diafragma, semelhantemente ao vibrato vocal. Existe também a possibilidade de realizar o vibrato utilizando-se das chaves em forma de anel presentes em algumas flautas. O abuso do vibrato por parte de flautistas leva a interpretações erradas, tocando em vibrato passagens que deveriam soar limpas e serenas.
Glissando - consiste em "deslizar" entre as notas, seja por meio das chaves ou por alterações na embocadura.
Harmônicos - feito ao mudar a embocadura e a direção da coluna de ar, obtendo uma nota diferente da que seria a da digitação fundamental. O timbre é mais doce e etéreo do que o da nota "real".
Multifonia - consiste em cantar e tocar ao mesmo tempo, o resultado é um som cortante e agressivo.
Frullato - pronuncia-se a letra "R" (sem voz) enquanto toca, dando à nota uma intermitência.
Polifonia - através de pesquisa foram descobertos alguns intervalos de notas possíveis de se emitir na flauta usando digitação especial e de um sopro mais "difuso".
O instrumento era feito originalmente de madeira, passando-se posteriormente a fabricá-lo em prata ou outro metal, que confere uma maior intensidade do som, melhor afinação, mais facilidade de uso das chaves. Ainda há orquestras na Alemanha que utilizam flautas de madeira, justificando-se pela beleza timbrística inigualável.
A flauta é composta por Bocal, Corpo e Pé.
O bocal possui um orifício com as bordas em formato adequado para que o instrumentista apoie comodamente o lábio inferior (porta-lábio). Numa extremidade, há uma peça móvel formada cortiça com um ressonador de metal, movendo-se-a, ajusta-se a afinação da flauta (geralmente as flautas vêm com um bastão indicando a distância correta do ressonador ao centro do orifício. Na outra extremidade, encaixa-se o corpo.
O corpo possui diversas perfurações e um sistema complexo de chaves e outros mecanismos.
O pé é uma extensão do corpo, possuindo três ou quatro chaves. Termina geralmente na chave de Dó, mas há flautas que se estendem até o Si2.
Limpar sempre com flanela, por dentro e por fora, guardando-a sempre seca.
Ter cuidado com o bocal.
Ter leveza nos dedos ao acionar as chaves.
Guardar sempre a flauta no estojo e na bolsa.
Encaixar delicadamente as partes da Flauta.
Higienizar a boca e as mãos antes de tocar.
Tocar sempre com a postura correta.
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